terça-feira, 19 de novembro de 2013

Family Vacations - Agosto 2013

Recordo Agosto. 
Ansiava por aquelas férias. 
Finalmente férias juntos, só nós três. 

E foram MARAVILHOSAS!

sábado, 14 de setembro de 2013

Crises existenciais de uma criança de oito anos

A conversa começou mais ou menos assim:

- Óoh madrinha, sabes que a minha mãe gostava que eu fosse uma menina?
- Oh filho, porque é que dizes isso?
- Eu também gostava de ser uma menina.
- Gostavas? Porquê? - perguntei eu intrigada.
- Para usar totós.
Um silêncio brutal para eu processar a resposta e perceber o que havia de responder de seguida. Relativizei.
- Mas olha, a prima é menina e odeia totós.
- Mas eu gosto tanto de totós, são tão giros! Um dia lá na escola a ... estava a fazer totós às meninas e sobraram totós, e depois ela pôs no ... e eu também queria.
Optei por não responder. Mas aquilo ainda lhe ficou na garganta.
- Sabes, madrinha, a minha mãe gostava que eu fosse uma menina e o meu pai gostava que eu fosse um menino.
- Mas quem é que te disse isso?
- Mas eu gostava era de ser uma menina.
Aqui já comecei a ficar preocupada, porque comecei a ficar sem saber o que dizer, o que responder.
- Mas é só por causa dos totós? É que se é pelos totós podes sempre usar no Carnaval...

A conversa teve de ficar por aqui porque fomos interrompidos.... mas perturbou-me imenso!
Perturbou-me especialmente porque no dia anterior tinha visto uma série cujo tema era mesmo à volta do tema Transtorno de Identidade de Gênero da Infância.

Fiquei mais preocupada em saber se ele se sente bem consigo mesmo do que com qualquer outra questão. 
Não sei se estive à altura da conversa e mais tarde dei comigo a pensar.... bolas, como se está preparada para responder a questões destas como mãe?



quinta-feira, 14 de março de 2013

domingo, 3 de março de 2013

One step closer

A vida prega-os sempre muitas partidas, indeed.
Quando pensamos que a temos controlada, um pormenor nos escapa. Um detalhe que faz toda a diferença para que a possamos apreciar.
O meu "detalhe" apareceu há pouco tempo. Apareceu, não posso dizer que foi de repente, mas entrou de rompante e nem tive tempo para me preparar.
Mas mesmo que tivesse tido, penso que não o faria. A minha "miopia sentimental" provavelmente venceria.

Como é possível que alguém "saído do nada" consiga mudar tanto a nossa vida?
Sim, pode ser arriscado, precipitado. Mas eu sinto assim. E talvez isso me alente também.

Já precisei duma alma "fresca" e bem intencionada à minha volta tantas vezes e há tanto tempo que até dói.
Sinto que nos conhecemos desde sempre. Sinto que sempre estivemos unidos, mas o universo só quis que nos cruzassemos agora porque APENAS AGORA te apaixonarias pela nossa família "à primeira vista" como tu proprio referiste. Embora sim, eu já sabia que me procuravas há alguns anos. É um vínculo que nunca pensei sentir. Como o fui logo sentir por ti se foram necessários pelo menos 27 anos para nos conhecermos?

"...how can i love when i'm afraid to fall...
... One step closer...

I have died everyday waiting for you
Darling don't be afraid
I have loved you for a thousand years
And love you for a thousand more

All along i believed i would find you
Time has brought hearts to me
I have loved you for a thousand years
And love you for a thousand more

...one step closer...!

ONE STEP CLOSER!!"

And that sums it up.



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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Há coisas que adorava não perceber

Adorava não perceber quando estou a ser criticada (subtilmente), e julgada.
Adorava não perceber quando observam o meu traseiro...
Adorava não perceber quando me rebaixam ou me fazem sentir uma merda.
Adorava não perceber quando me isolam e permanentemente me fazem sentir uma "outsider".

A lista continua mas... O que adorava perceber é porque é que toda a minha vida me integrei perfeitamente e agora tento demasiado, e sem sucesso.

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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Goodbye stranger.... Hello Brother!

Cada vez mais me mentalizo que a vida nos prega partidas para nos mantermos sempre "activos".
Tomei conhecimento de que teria um meio irmão "perdido" na África do Sul deveria ter praí os meus 14 anos. Não quis saber. Nunca me interessei porque achava que era algo que não me dizia respeito. E sinceramente achava também que me iria "remexer" demasiado em assuntos que deveriam ser enterrados... Sempre pensei.
Pensava eu! Não podia estar mais enganada.

E ele acabou por "aparecer". E apareceu na minha vida.
Devo confessar que agora, so far, fico contente que se tenha proporcionado assim. E, uma vez mais, a vida remexeu-se, remexeu-me.

Acho que ainda está tudo muito verde. Ainda necessitamos desenvolver uma relação no verdadeiro sentido do termo, mas posso dizer, orgulhosamente, estava errada. E esta é daquelas situações em que isso nos anima e ilumina a alma.

Goodbye stranger... Hello brother. Welcome.

Com todas as semelhanças que nos unem.... Espero que os laços que atámos agora se fortaleçam com o passar os anos.

Nunca pretendi rejeitar-te, mas sim conhecer-te.

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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

irmão desconhecido

E assim a vida nos ensina novamente.
Depois de 32 anos finalmente conheço um meio-irmão.

Calmamente, sem pressões, facilmente se conclui que afinal temos bastante em comum. Até porque ele conhece a minha meia-irmã desde pequeninos... (ambos moram em Joanesburgo)

O mundo é assustadoramente pequeno.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O internamento

Acabou por não ser o post seguinte, afinal, porque me pareceu mais urgente apresentar os conselhos que o hospital me deu, já que existe a probabilidade de alguma pessoa que me leu necessitar e daí ter optado por publicá-los antes deste.

A(s) viagem(ns) de ambulância são sempre atribuladas. Não que tenha feito muitas, mas as duas que fiz confirmam esta afirmação. :) E devo dizer que nesta ambulância, infelizmente, notavam-se bem os cortes que o governo implementou. Mas, política à parte, finalmente chegámos ao hospital.

Realço que fomos MUITO BEM recebidas e tratadas ao longo do tempo que estivemos na urgência pediátrica e na sala de observações do Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro. A médica que nos recebeu foi super clara e esclarecedora quanto a todas as dúvidas.

No fundo, explicando isto de forma ligeira, uma convulsão febril acaba por ser um mecanismo de defesa do organismo para evitar lesões mais graves causadas pela febre, ou infecção (que está a causar a febre). O cérebro faz como que um "shutdown" ou mesmo um "reset". Felizmente estas convulsões febris não causam quaisquer lesões no cérebro e têm maior probabilidade de acontecer caso haja histórico familiar. Segundo o médico de família só acontece a 5% das crianças mas, honestamente, eu não confio muito nas "estatísticas" dele (hei-de averiguar isso melhor).

O que me preocupava neste momento era: o que estava a despultar esta febre tão alta?
Sim, porque não baixava dos 39ºC.

Continuavas tão queixosa e sem comer nada.
Perto da meia noite a médica voltou para fazer novo "checkup". A febre não baixou e após oscultação, em vez de deixar para o dia seguinte, a média optou por pedir o exame logo.
Durante a noite bebeste praticamente um litro de água. Sempre com uma respiração de dor e muito queixosa.

Dia seguinte, segunda-feira, outra médica. Tão ou mais simpática que a anterior. Novo checkup matinal. Febre mantinha-se apesar, devo realçar, do Ben-u-ron intercalado com Brufen. Finalmente iríamos saber o resultado das análises e do raio-x.
Infelizmente, o raio-x acabou por ser inconclusivo, por ter sido feito demasiado cedo. "Quanto às análises ao sangue e urina, elas não são tranquilizadoras. Acusaram glóbulos brancos com valores bastante elevados, o que revela uma grande infecção. Caso a febe não baixe iremos administrar antibiótico. Vamos ver como corre o dia.", disse a médica.

E esperámos. Esperámos.... Mas a febre continuava sem ceder. Chegou aos 39,8ºC. Eram 17h da tarde e tu ardias em febre. Finalmente decidiram dar-te o antibiótico na esperança de "acertar". Meia-noite, já ela começava a ceder: 37,7ºC. :) Veríamos como correria a noite.
E correu bem melhor. A febre nunca ultrapassou os 36,6ºC, na axila. Yupiiiiiii!!!!!!!!

Terça-feira de manhã. Novo checkup matinal. Sem febre toda a noite. E até às 10h da manhã!
A médica veio explicar. Acabou por não se chegar a uma conclusão específica, isto porque o raio-x tinha sido feito demasiado cedo para se verificar o que quer que seja, embora o diagnóstico que ela arriscava seria o de início de uma pneumonia. Isso somado à dita otite (que nunca chegou a evoluir) e a um dente molar que reparei no dia seguinte a regressarmos a casa... Foi um resultado bombástico!

Finalmente, na terça-feira às 11h a médica deu-nos alta!

V A M O S P A R A C A S A !

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